"Votar em branco ou nulo acaba favorecendo o candidato que está ganhando..." eu sei disso. Sei também que não é culpa minha.
- opinião editorial -
Somos obrigados a votar, certo?
Votar significa mostrar sua opinião política, certo?
E se minha opinião for de que eu não quero votar em nenhum destes candidatos, como eu posso representar isso nas urnas?!?
Eu voto em branco, nulo, justifico, mas não voto. Se o sistema eleitoral brasileiro usa isso para eleger alguém, é um problema de reforma política. Minha consciência está limpa porque eu não voto em um candidato apenas para não beneficiar o outro.
No dia em que o voto não for obrigatório, muita gente vai ficar em casa. Talvez nesse dia meu voto faça diferença.
É PRECISO ENXERGAR DOIS LADOS DA MOEDA...
Historicamente todos "fizeram, mas também roubaram"...
FHC:
No governo Itamar Franco, enquanto a equipe econômica do ministro da economia Fernando Henrique Cardoso (FHC) lançava os planos econômicos que seriam os últimos de uma série de medidas tomadas desde o rombo deixado pelos militares da ditadura militar, no fim, com esforço do trabalhador brasileiro, o qual teve de arcar com o alto custo das coisas, com as altas taxas de juros e com o "arrocho" salarial da recessão econômica, finalmente o Brasil conseguiu sair da inflação. A equipe do ministro foi esquecida, mas ele conseguiu eleger-se presidente da república como "pai do Plano Real"
No primeiro mandato de FHC, a propaganda incutiu nas pessoas a esperança. Assim como o placebo é um "remédio falso", assim também foram as medidas tomadas naquele governo. Para que o Brasil passasse a ser financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), precisava mostrar taxas positivas de desenvolvimento humano como diminuição da pobreza, da mortalidade infantil, do analfabetismo e da repetência escolar. Surgiu então a "progressão continuada" e a alfabetização foi reclassificada, de modo que se o indivíduo sabe as letras e escreve o próprio nome, já está considerado alfabetizado (internamente classificado como não-funcional).
No seu segundo mandato, FHC forçou ainda mais economia para manter seu plano em alta fingindo que tudo estava bem. Por mais que o trabalhador se esforçasse, não conseguia adquirir bens sem se endividar pois os juros só subiam, juntamente com os impostos.
LULA:
Pois é ... quando colocamos o "Lula lá" era por causa desse sentimento anti-FHC, por causa da recessão, do baixo salário mínimo, da falta de investimento estrangeiro. No primeiro mandato, o Lula conseguiu dar o próximo passo do Plano Real: pagar a dívida externa com o FMI, o que tornou o Brasil autossuficiente e por isso conseguiu se reeleger. Já o segundo mandato foi ruim, nada houve de prático além dos programas sociais. Nesse período, o poder corrompeu os governantes. O PT insistiu em esconder que era tão corrupto quanto os outros partidos. Mesmo assim, conseguiram eleger a Dilma.
DILMA:
No governo da Dilma, os impostos só aumentaram. Por mais legal que tenha sido ter a Copa do Mundo no Brasil, o comércio teve uma queda significativa, juntamente com a produção de eletrodomésticos da "Linha-branca"... Resultado: muitas empresas fecharam postos de trabalho, deixando um monte de gente desempregada. O Governo da Dilma é bem ruim nesse aspecto, tira o nordestino da miséria mas joga o custo para os trabalhadores do resto do Brasil. Ela podia ter feito muito mais pelo país. Hoje, metade do salário de quem trabalha é pra pagar taxas e impostos. Agora a economia é outra e os papéis se inverteram.
Não confio nos Tucanos, mas o PT se corrompeu por estar tempo demais no poder. Precisa existir equilíbrio. Infelizmente não dá pra continuar com a Dilma, o PSDB já teve sua chance e o PMDB é o mercenário que apóia quem estiver no comando. Tá difícil...
ENSINAR A PESCAR...
Já ouviu aquela expressão "Não dou o peixe mas te ensino a pescar" - para quem não sabe, significa tornar alguém capaz de fazer algo sozinho, como "pescar", para que esta pessoa não precise mais depender de que alguém faça algo por ele.
Não adianta apenas tirar o povo da miséria, seria apenas como "dar o peixe". Daqui a pouco o governo não vai ter como pagar tanto seguro desemprego, INSS e Bolsa-qualquer-coisa. É preciso investir em educação e reduzir as taxas para que também os empresários possam empregar mais gente.
EDUCAÇÃO PARA AS ELITES.
Outra questão da educação é o tal dizer que o nível superior era "elitista" (não confunda com etilista). Hoje fazer faculdade já não é um diferencial, porquê?
Atualmente qualquer um pode tirar um diploma de curso superior de curta duração e isso não aumentou a competitividade. A maior prova disso é que a própria Dilma teve de importar médicos de Cuba (atestando a incapacidade do sistema brasileiro de ensino em produzir profissionais qualificados) e a indústria afirma que falta mão de obra especializada. Ora... como pode faltar mão de obra se mais gente se forma? Não é questão de quantidade e sim de qualidade. Conheço muitos pobres que entraram em universidades públicas por esforço próprio, sem depender de bolsas. Trazia até um sentimento de autoestima. Hoje o cidadão reclama que não consegue porque a educação é ruim. Sempre foi. A diferença é que os governantes querem ser lembrados por defender minorias. Embora as minorias necessitem ser defendidas, isso não deveria ser em detrimento da maioria.
Nem os Tucanos nem o PT investiram e educação de base ao longo desses 20 anos. Hoje, a busca por colégios particulares é tão alta que os preços estão subindo sem parar, o que exclui os pobres de ter ensino básico de qualidade, causando melhor desempenho dos filhos das classes melhor favorecidas na competição por vagas em universidades públicas. O tiro acaba saindo pela culatra. No final, a educação volta a ser elitista...
SÓ MUDA A MOSCA, A MERDA CONTINUA A MESMA...
Quem paga essa conta? Nós que trabalhamos e pagamos essas taxas, as maiores de todos os tempos. Para sustentar gente que quer receber bolsa-família sem trabalhar e faz cada vez mais filhos, sem se preocupar com o futuro destes, só pra aumentar o valor recebido do governo. Já fui petista, mas agora que vejo que tem muito mais sujeira no governo do que possamos imaginar, evito tomar este ou aquele partido como meu representante.